segunda-feira, fevereiro 14, 2005

Impressões sobre a Av. Paulista e imediações

- Quase nunca vejo crianças. Talvez umas três por semana, quando muito. Aqui só tem gente grande, parece;
- Há poucos mendigos pelas ruas; mês passado vi dois dormindo na rua com travesseiros. Sei que a Giovana vai me xingar por isso mas morri de inveja (tanto sono eu tenho...). Tem um que vi duas vezes e que anda com uma gaveta com os seus pertences, incluindo um cobertor. Tem outro que fica na esquina da Maceió com uma placa dizendo que é artista e escreve livros e revistas, pedindo uma ajuda (é uma idéia...). E hoje vi outro que relatarei abaixo;
- NUNCA, mas nunca mesmo, vi um bicho sequer solto na rua. Minha amiga disse que a carrocinha deve passar recolhendo os corpos antes de eu chegar (que maldade). Há apenas alguns donos, mas bem poucos, com cães cheirosos e encoleirados de pet shop. Hoje vi um com um mendigo. Ele estava amarrado com uma corda, sim, uma corda, cheia de nós. Talvez seu nome seja Tiradentes, não sei...
- Não há nenhuma praça onde eu possa me sentar e ler algo tranqüilamente. Pra baixo do final da Angélica há uma rua que faz um balão e tem árvores. Fui passear lá hoje por hora do almoço para arejar minhas confusas idéias e creio ter podido sentir cheiro de frutas.
- Em resumo: por aqui só há prédios, carros, buzinas, fumaça e pessoas apressadas. Muito, muito deprimente para uma pobre poetisa que tanto ama o vento...

Nenhum comentário: