Vou contar uma coisa que pra mim foi realmente traumática.
Estava eu, domingo a tarde, blogando tranquilamente, quando olho para fora do escritório e vejo várias pombas, deveriam ser umas três, placidamente pousadas sobre o murinho da escada.
Fiquei desesperada porque ODEIO pombas e pensei que pudesse estar ocorrendo alguma frente de invasão por parte das mesmas.
Comecei então a gritar por socorro para minha tia que mora aqui atrás. Como sou pessoa infinitamente ingênua, tive esperanças de que pudesse obter ajuda de outrém mas, mais uma vez, a compaixão alheia negou-se a mim.
Pois voltemos aos fatos. Tentei espantar as pombas com gritos e menções à minha falta de amor por elas mas tudo o que consegui foi que elas voassem por todos os lados, adentrando os nossos quartos e pousando em meus tão queridos livros e demais etceteras.
Minha tia então veio ver o que ocorria e me sugeriu subir o vidro da janela do escritório. Ao realizar tal tarefa, entremeada por muitas vociferações, uma delas, em crise histérica, grudou nos meus cabelos o que me fez imediatamente 1) soltar a janela, 2) gritar ainda mais e 3) começar a chorar.
Fiquei abaladíssima, de repente senti-me num remake dOs Pássaros, de Hitchcock, com aquele parasita alado batendo suas asas piolhentas por sobre minhas madeixas.
O auxílio que obtive de minha parenta co-sanguínea foi a título de maior humilhação: ela pediu-me para parar porque estava fazendo xixi nas calças de tanto rir ao que, prostrada, lancei-me ao colchão que me faz as vezes de cama a fim de derramar meu pranto.
As pombas saíram mas passei o resto do dia sentindo que centenas de piolhos passeavam seus germes em mim...
Um comentário:
patético, como sempre.
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