quarta-feira, março 09, 2005

Os Grandiloqüentes Também Amam - capítulo II

OS GRANDILOQÜENTES TAMBÉM AMAM
Una novela de Andréa Muroni e Julio Castro
Participação especial de Marpessa de Castro

No capítulo anterior, Soraya Guadalupe ria misteriosamente, enquanto Carmelita Augusta e Pablo Roberto se desentendiam mais una vez.
Carmelita Augusta, indignada, com os lábios trêmulos, chorosa, mas sem borrar a maquiagem, corre atrás de Pablo Roberto, que se volta, em close.

Carmelita Augusta: Quer dizer então que o senhor acha que yo devo me atualizar no que concerne à la cultura mexicana? Há, Há, Há, Há, Há de novo. Além de torpe, o senhor es demodé. Chispita e Os Ricos tbém Choram estão más do que ultrapassados. Jamás ouviste falar em Beth, a Feia? O em Pedro, lo Escamoso? O, ainda en lo ar, Alegrifes e Rabujos? Atualize-se o senhor, senhor Pablo Roberto. El dia em que, caso os anjos digam amém e iluminem su desditoso caminho, o senhor tiver la grandissíssima honra de confabular novamente com el adorável e belo ser que soy, terá a oportunidade de ver que paira alreredor de mi, la aura magnífica de Guadalajara. Inclusive, pretendo tentar la vida em Puebla ou em Cuernavaca como roteirista. E yo posso saber pq o senhor liga para mim e fala com Fabrícia? Humpf digo yo.

Pablo Roberto: Pudera, Senhora Carmelita Augusta Muroñi, espantar-se com el fatídico gosto no que se refere a cultura pós-moderna e underground mexicana...Las 'pérolas' que descrevestes em su tão erudita confabulación, no passam de meras obras superficiales e 'tennager' para adolescentes sexualmente desafortunadas. Yo esperava mais de usted. Afinal, una senhora que em primeiro momento se apresenta tão nobre e retentora de uno talento verossímil, jamás poderia chamar 'Los Ricos também Choram' de dèmodé y menosprezar la magnífica obra dramática de 'Chispita'. Essas modernidades que acometem la dramaturgia de raíz vindas del México cegaram-na como a milhares de personas. Recuso-me, a partir de ahora, discutir contigo qualquer linha dramática referente à persongem Michelina de la novela 'Jerônimo', las artimanhas idiossincráticas por trás de 'La Cortina de Vidro' e jamé tecerei comentários sobre la metalingüistica empregada em “Mi hijo, mi vida”.
Mas.... (rufam los tambores e lo close fecha, ora em uno, ora em otra)... lanço mão de uno desafio: analise las entrelinhas de la Professora Helena, encontre todas las passagens gnosiológicas e depois venga tentar manter uno diálogo decente comigo!!!! Por hora abro mano de los 'humpfs' já tão clichês em las conversas de nosotros.

Carmelita Augusta, com os ojos rasos d’água, faz no com la cabeça.

Pablo Roberto chega em su casa, bate la puerta, lança-se à cama y deixa cair una lágrima em close enquanto sobe una música latina com a expressão 'mi coracion esta partido' tocada com o violino em escala de lá-mayor.
(continua no próximo capítulo)

3 comentários:

Anônimo disse...

nossa senhora de guadalupe que nos proteja...vão ser melodramáticos assim lá em mogi..rs...Beanes

Anônimo disse...

Chuif, mís lagrimas encharquearam el bidê. Soy un puebre cronopio qui non puede con tantas emociones angustiosas !!

Mapie disse...

"ainda en lo ar" - foi a melhor expressão de todas.

:-)