Não queria contar isso não. Até consigo imaginar a Marpessa me passando o rodo depois, questionando a veiculação de "minha vida patética" na rede. Mas, como o fim supremo é a literatura (ai) eis:
Semana passada estava voltando para casa num dia sem nenhuma, mas nenhuma pelúcia. A festa de aniversário do Marcelo seria no final-de-semana e eu, auto-suficiente, que deveria fazer tudo, não tinha ainda feito nada. Tinha muito, muito trabalho na biblioteca e, ficara sabendo que não teria meu contrato renovado.
Bom, indo para casa com a cabeça a mil, acontece o inesperado. Minhas saias são todas muito longas, menos uma, que é muito curta (sou uma mulher de extremos). Meu trajeto para casa é o seguinte: metrô até Itaquera, trem até Guaianazes e trem até Mogi. Pois chegando em Itaquera, eis que a porra da barra da minha saia enrosca nos degraus da escada rolante que começam a puxá-la.
Meu, que desespero constrangedor. A saia sendo engolida pela escada e eu tentando segurar pelo elástico enquanto me abaixava a fim de tentar impedir o inevitável que seria ter a saia abaixada e ficar com o bundão de fora em plena estação Itaquera de trem/metrô. Pensem no absurdo da cena, eu descendo só de blusa (que ainda era curta) e calcinha privativa no meio da estação, desembocando no Poupa Tempo com os botões da saia sendo arrebentados pela escada, enquanto derrubava todas as coisas de minhas sacolinhas porque, é claro, tinha sacolas nas mãos. Foram segundos de pânico.
A minha sorte foi que estava no final da escada e, quando os degraus se desmancharam, terminaram por soltar a minha saia.
Olhei pra trás só pra mostrar bem minha cara para as pessoas que deveriam ter se divertido deveras com meu espetáculo e o tiozinho que estava atrás de mim solta, todo solícito: "nossa, que perigo!" Aposto que estava se mijando por dentro. Merda!
2 comentários:
Cristo...
Bilhete do Metro: R$ 1,90
Baldeação para a CPTM: De graça
A Andreia fazendo catastrofes de coisas simples: nao tem preço.
Ass. Vamos ver se vc adivinha...
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